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Unidas Pela Transformação: O Combate à Epidemia da Violência Contra Mulheres e Meninas.

Foto do escritor: Valéria MonteiroValéria Monteiro

A violência contra mulheres e meninas é uma epidemia mundial. Não há exagero nessa afirmação. As estatísticas são assustadoras: uma em cada três mulheres, em algum momento da vida, será vítima de violência física ou sexual. São números que transcendem culturas, classes sociais e geografias. E, mesmo assim, tantas de nós ainda têm dificuldade em reconhecer essa realidade, em enxergar como ela nos atinge ou, pior, em nos vermos como vítimas desse sistema desigual.


Isso não é coincidência. Vivemos em uma sociedade estruturada em bases machistas, que molda nossa percepção de mundo e de nós mesmas. Somos ensinadas a minimizar agressões, a culpabilizar outras mulheres (ou a nós mesmas) e a normalizar o desrespeito. O machismo não é apenas uma questão de opressão explícita; ele está entranhado nas microdinâmicas do dia a dia. Desde o assédio disfarçado de elogio até a desigualdade salarial, passando pela pressão social para “aguentar” situações inaceitáveis.


O mais preocupante é que muitas de nós crescemos nesse sistema e, sem perceber, reproduzimos suas ideias. Quantas vezes ouvimos ou dissemos frases como “ela provocou” ou “ele só é assim porque estava nervoso”? Reconhecer essa desconexão dentro de nós mesmas é um passo fundamental para romper com o ciclo.


Como Todos Ganham com a Valorização e o Respeito às Mulheres


Combatendo a violência e promovendo o respeito às mulheres, não estamos apenas salvando vidas e construindo um mundo mais justo para nós, mulheres; estamos também criando um mundo melhor para todos, incluindo os homens.


Imagine uma sociedade em que as mulheres sejam respeitadas, valorizadas e tratadas como iguais. Isso significa lares mais pacíficos, onde meninos crescem aprendendo o valor do respeito, e não da dominação. Significa ambientes de trabalho mais equilibrados e produtivos, onde o talento e a capacidade brilham, independentemente de gênero.


Os homens também são prisioneiros do machismo, mesmo que não se deem conta. A masculinidade tóxica exige deles um papel de força inabalável, de poder e controle, que muitas vezes sufoca suas emoções e relações. Quando promovemos a igualdade de gênero, liberamos todos dessa carga.


A Força da União


Se as mulheres entenderem o poder que possuem juntas, se forem capazes de enxergar umas às outras como aliadas, e não como rivais, transformações profundas podem acontecer. A história nos mostra que movimentos liderados por mulheres, quando baseados na união e na solidariedade, têm o potencial de redesenhar sociedades inteiras.


Precisamos nos apoiar, nos ouvir e criar redes de proteção. Precisamos reconhecer que o sucesso de uma mulher nunca é uma ameaça, mas um avanço para todas. E, acima de tudo, precisamos reconhecer que lutar contra a violência e a desigualdade não é um privilégio ou uma escolha, mas uma necessidade.


Uma Convocação para Todas Nós


A mudança começa no momento em que decidimos não nos calar. Quando dizemos “não” à violência e ao desrespeito, seja em uma grande denúncia ou em uma conversa difícil no ambiente familiar. Quando nos unimos e não aceitamos menos do que o respeito que merecemos.


Se você, como eu, sente a urgência dessa luta, saiba que não está sozinha. Estamos todas conectadas, mesmo que muitas vezes pareça o contrário. Vamos usar essa conexão para transformar o mundo, juntas.


Afinal, quando uma mulher se levanta, todas nós nos elevamos.


Unidas Pela Transformação: O Combate à Epidemia da Violência Contra Mulheres e Meninas.

Valéria Monteiro


Valéria Monteiro Jornalista


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