Nos últimos meses, a Tesla tem enfrentado um declínio que poucos poderiam ter previsto anos atrás. A empresa, que já foi sinônimo de inovação e disrupção no setor automotivo, agora vê sua imagem e seu valor de mercado despencarem. O motivo? Uma combinação de fatores, mas um nome se destaca entre eles: Elon Musk.
Donos de Teslas estão vendendo seus carros, e não apenas por questões mecânicas ou por preferência a novos modelos de concorrentes. Muitos relatam estar fartos da imagem de Musk e de sua postura polêmica, que se reflete nas redes sociais e em suas decisões empresariais. Investidores, antes fiéis ao visionário que transformou a indústria de carros elétricos, agora começam a se perguntar se ele está, na verdade, destruindo a empresa que ajudou a construir. O reflexo disso é claro: as ações da Tesla caíram cerca de 30% recentemente.
Não é a primeira vez que Musk coloca em risco a estabilidade de seus empreendimentos. Depois de brincar com o mercado de criptomoedas, inflacionando e desvalorizando a Dogecoin com tuítes impulsivos, ele agora parece testar os limites da paciência dos acionistas da Tesla. O que antes era visto como genialidade excêntrica agora se assemelha a uma gestão errática e, para muitos, irresponsável.
Seria este o início do fim da era Musk? Os mitos tecnológicos costumam ruir quando sua infalibilidade é questionada. Se a idolatria por Elon Musk está se desfazendo, talvez estejamos testemunhando as primeiras rachaduras de um sistema que parecia inabalável. Mas a pergunta que fica é: o que virá depois? Um novo líder, uma nova filosofia de mercado ou simplesmente mais do mesmo, com outra roupagem?
O futuro da Tesla ainda está em jogo, mas uma coisa é certa: o brilho que um dia iluminou a empresa parece estar se apagando, e Musk pode estar contribuindo para essa escuridão.
O Crepúsculo da Tesla e o Peso de Elon Musk.
Valéria Monteiro Jornalista.
Foto de Tesla Fans Schweiz.
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