Francisco, Lições da Imortalidade.
- Valéria Monteiro
- há 9 minutos
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O funeral do Papa Francisco, realizado em Roma, começou com uma cerimônia solene no Vaticano, repleta de dignitários e líderes mundiais. Em seguida, o papamóvel conduziu o caixão pelas ruas da cidade, sob os aplausos e a emoção de mais de 200 mil pessoas, que se alinharam respeitosamente nas calçadas para a última homenagem — sem aglomeração, num silêncio comovente.
Francisco escolheu descansar na Basílica de Santa Maria Maggiore, uma das mais antigas igrejas de Roma. Localizada no bairro do Esquilino — uma região que, na Roma Antiga, era destinada ao sepultamento de escravizados, pobres e condenados —, a área permanece, até hoje, entre as mais vulneráveis da cidade, habitada em grande parte por imigrantes. Sua escolha foi mais do que simbólica: foi a reafirmação, até o último momento, de seu compromisso com os mais esquecidos.

O corpo do Papa Francisco no interior da Basílica Vaticana (ANSA).
Ver o cortejo atravessar essas ruas e, depois, os cardeais acompanharem o caixão até o interior da igreja foi presenciar mais uma lição silenciosa de Francisco. Com sua vida, e agora com sua morte, ele nos ensina que a verdadeira grandeza está na humildade, e que a fé genuína se manifesta na solidariedade.
Enquanto o mundo prestava homenagens, uma cena chamou a atenção: Donald Trump e Volodymyr Zelensky foram fotografados sentados em duas cadeiras puxadas para o centro de um salão vazio do Vaticano. A imagem não revela o teor da conversa, mas a esperança é de que o espírito de Francisco tenha inspirado esse diálogo inesperado. Foi a primeira vez que os dois presidentes se reuniram desde a tensa reunião no Salão Oval, há cerca de dois meses, e há rumores de que uma nova conversa poderá acontecer ainda hoje.
Francisco partiu, mas suas lições continuam ecoando, vivas e imortais. Ele não nos deixou apenas palavras: deixou um caminho para quem ousar seguir.
Francisco, Lições da Imortalidade.
Por Valéria Monteiro Jornalista.
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