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Conclave

Conclave

Tradição, humanidade e a força de Ralph Fiennes.

“Conclave” não é apenas um filme sobre a escolha de um novo Papa, é repleto de nuances que transcendem o debate religioso.
A produção mergulha no fascinante processo do conclave papal, expondo detalhes intrigantes dessa cerimônia secular, desde o isolamento dos cardeais até os rituais votivos, carregados de simbolismo e expectativa.

No centro dessa intriga espiritual e política, Ralph Fiennes entrega uma atuação espetacular.
Entre um elenco que brilha pela contenção e precisão, Fiennes sobressai, trazendo camadas profundamente humanas ao seu personagem.
Ele equilibra com maestria o peso da autoridade e as fraquezas da carne, transitando entre a firmeza de um líder e a vulnerabilidade de alguém que precisa aceitar os desígnios divinos. Sua performance não apenas engrandece o filme, mas eleva a experiência, exigindo do público uma reflexão íntima sobre os limites e as contradições da alma humana, ainda que esta seja uma concorrente ao posto de interlocutor divino.

Os conflitos narrativos são ricos e bem estruturados.
O filme explora o embate entre qualidades e defeitos humanos, mostrando como, mesmo em um ambiente tradicional que parece imóvel, a necessidade de adaptação é inevitável.
A tensão constante – entre o passado imutável e a urgência de mudança – é representada com delicadeza e força, culminando em um final impactante, que oferece mais perguntas do que respostas.

“Conclave” é um filme de detalhes e intenções, que merece ser visto.
É delicado, forte, reflexivo e, acima de tudo, uma experiência cinematográfica memorável, ancorada por uma atuação inesquecível de Ralph Fiennes.

Valéria Monteiro Jornalista.
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