Bacalhau Versátil para Todas as Casas (e Fomes!)

Bacalhau é aquele tipo de comida que não tem meio-termo: ou você ama, ou só de sentir o cheiro já pensa em fugir.

Eu, claro, sou do time que ama! Mas vamos combinar que aquele lombo alto, suculento e caríssimo não é coisa para o dia a dia, né? Ainda mais quando a gente soma o preço do azeite – capaz de falir uma família desavisada!

Mas tem um truque: o bacalhau desfiado e salgado, que de vez em quando aparece em promoção nos mercados. Esse sim, é amigo do bolso e da praticidade. Além disso, dura horrores no congelador e pode até ser conservado no azeite, caso um temporal resolva brincar com o fornecimento de energia.

Agora, se você já treme só de pensar no processo de dessalgar, calma que é mais simples do que parece. O truque é lavar bem em água corrente, depois deixar de molho em uma tigela grande na geladeira, trocando a água algumas vezes. Se fizer isso de véspera, melhor ainda!

A parte boa dessa receita é que você pode preparar uma base deliciosa e usá-la de mil jeitos diferentes. E eu gosto de simplificar: já compro cebola picada e alho descascado (porque tempo é ouro), congelo tudo e pronto. Quando chega a hora de cozinhar, jogo na panela junto com o bacalhau ainda congelado – sim, direto do freezer! – e deixo que os sabores se misturem.

Agora vem a mágica: temperos! Eu sou do time da cebola em abundância, porque o azeite realça aquele sabor adocicado maravilhoso. Depois, ajusto o sal (porque pode ter ido embora no processo de dessalgue), e acrescento o que estiver à mão e me fizer bem. Sempre que posso, coloco um pedaço de açafrão da terra, que é um antioxidante poderoso, mas que se esconde bem nessa mistura. Alecrim do meu jardim? Sempre! Pimenta-do-reino, pimenta dedo-de-moça sem sementes, um pouco de pimentão amarelo se tiver… e, às vezes, um toque de gengibre, que dá uma personalidade interessante.

E aqui entra um segredo que pouca gente usa: salsão (ou erva-doce, dependendo de onde você mora). Ele tem aquele frescor que realça qualquer prato, seja carne, seja peixe. Além disso, dizem que tem calorias negativas – ou seja, dá sabor e leveza sem pesar a consciência! Eu corto em pedacinhos e jogo na panela junto com os outros ingredientes. O resultado? Um fundo de sabor sutil, sofisticado e inesperado.

Tudo isso cozinha devagarinho, até soltar água própria. Só quando essa água estiver quase secando, entra o azeite – e não economize! O resultado é um bacalhau suculento, temperado e pronto para ser usado de diversas formas.

Agora vem a parte divertida: essa base dura mais de uma semana na geladeira e pode virar o que sua fome mandar. Com torradas, vira petisco. Misturado com ovos, faz uma omelete incrível. Quer impressionar no almoço? Joga numa quiche. Se bater um desejo de massa, um creme de leite transforma tudo em um molho maravilhoso para macarrão. E se a ocasião pedir um jantar chique, um risoto de bacalhau cai como uma luva.

Ou seja, seja para uma casa com duas pessoas ou para aquela sala cheia de amigos e visitas inesperadas, esse bacalhau salva qualquer refeição.

E aí, qual dessas versões você vai testar primeiro?

Bom apetite! Ou melhor, apetites!